Nossos cursos
O Instituto Máthema tem como objetivo central promover e alimentar a produção do estudo da tradição filosófica ocidental a partir de uma adequada abordagem do espectro cronológico e temático da pesquisa da cultura histórica-filosófica.
O Atraso Brasileiro: Genealogia de um discurso Vira-Lata
Crescer ouvindo que o Brasil está atrasado faz parte da experiência de qualquer brasileire. O consenso acerca do atraso nacional parece unir pessoas dos mais diferentes espetros políticos, nos discursos midiáticos, políticos, acadêmicos e até nas conversas mais corriqueiras.
Aparentemente inofensivo, esse discurso vem contribuindo para a legitimação das opressões interseccionais que estruturam o Brasil desde a sua formação enquanto nação.
Ao mesmo tempo em que dissimula relações de poder que, nos séculos 19 e 20, fundamentavam-se em pressupostos abertamente elitistas, racistas e coloniais, a naturalização da ideia de atraso revela um inconsciente colonial subjacente e operante.
Com base no arsenal teórico-metodológico decolonial, este curso propõe uma investigação histórica dessa ideia e de seus usos a partir de uma perspectiva crítica. Para tanto, serão analisados discursos políticos e intelectuais, produzidos desde o momento da formação nacional brasileira e veiculados até os nossos dias.
Aparentemente inofensivo, esse discurso vem contribuindo para a legitimação das opressões interseccionais que estruturam o Brasil desde a sua formação enquanto nação.
Ao mesmo tempo em que dissimula relações de poder que, nos séculos 19 e 20, fundamentavam-se em pressupostos abertamente elitistas, racistas e coloniais, a naturalização da ideia de atraso revela um inconsciente colonial subjacente e operante.
Com base no arsenal teórico-metodológico decolonial, este curso propõe uma investigação histórica dessa ideia e de seus usos a partir de uma perspectiva crítica. Para tanto, serão analisados discursos políticos e intelectuais, produzidos desde o momento da formação nacional brasileira e veiculados até os nossos dias.
A República de Platão Para Além da Utopia
Todo estudante da História das Ideias Ocidentais já se deparou com a célebre e impressionante afirmação do filósofo e matemático Alfred North Whitehead de que “a mais segura caracterização da tradição filosófica ocidental é que ela consiste numa série de notas de rodapé de Platão”.
Dentre os diálogos de Platão achamos razoável definir A República o diálogo paidêutico por excelência. Platão ali, ao instituir um confronto com a cultura tradicional, constrói uma crítica à poesia que se desdobra sobre duas perspectivas: Repropomos estruturar nesse curso da seguinte maneira: (i) Crítica moral; refere-se a questões imanentes de caráter ético. (ii) Crítica ontológica; refere-se a questões transcendentes de caráter epistemológicos.
Achamos por bem definir a Primeira crítica (livros II e III) d’A República como moral devido a dois pontos, quais sejam: Os mitos influenciam o comportamento dos Guardiões com relação à morte em uma situação de guerra, portanto, é necessário promover uma mitologia que tire o peso dramático da morte e que, deste modo, incite comportamentos viris e corajosos; As indecentes condutas atribuídas aos deuses pelos poetas acabam por legitimar para o cidadão a prática de comportamentos imorais; Por sua vez, achamos por bem aproximar a Segunda crítica a um âmbito especulativo de caráter ontológico devido essencialmente a dois pontos: Platão, inicialmente, trata o caráter imitativo da arte abordando a questão do Demiurgo como sendo o único e autêntico artífice de uma obra, enquanto, por exemplo, os pintores e poetas compõem cópias de cópias do verdadeiro Ser; Homero e seus seguidores não entendem a verdade, são fomentadores de aparência, comerciantes de simulacros da realidade.
Estudaremos os 10 livros dessa obra que é, sem sombra de dúvidas, um monumento do pensamento filosófico ocidental.
Dentre os diálogos de Platão achamos razoável definir A República o diálogo paidêutico por excelência. Platão ali, ao instituir um confronto com a cultura tradicional, constrói uma crítica à poesia que se desdobra sobre duas perspectivas: Repropomos estruturar nesse curso da seguinte maneira: (i) Crítica moral; refere-se a questões imanentes de caráter ético. (ii) Crítica ontológica; refere-se a questões transcendentes de caráter epistemológicos.
Achamos por bem definir a Primeira crítica (livros II e III) d’A República como moral devido a dois pontos, quais sejam: Os mitos influenciam o comportamento dos Guardiões com relação à morte em uma situação de guerra, portanto, é necessário promover uma mitologia que tire o peso dramático da morte e que, deste modo, incite comportamentos viris e corajosos; As indecentes condutas atribuídas aos deuses pelos poetas acabam por legitimar para o cidadão a prática de comportamentos imorais; Por sua vez, achamos por bem aproximar a Segunda crítica a um âmbito especulativo de caráter ontológico devido essencialmente a dois pontos: Platão, inicialmente, trata o caráter imitativo da arte abordando a questão do Demiurgo como sendo o único e autêntico artífice de uma obra, enquanto, por exemplo, os pintores e poetas compõem cópias de cópias do verdadeiro Ser; Homero e seus seguidores não entendem a verdade, são fomentadores de aparência, comerciantes de simulacros da realidade.
Estudaremos os 10 livros dessa obra que é, sem sombra de dúvidas, um monumento do pensamento filosófico ocidental.
Um Deus Relativista: Hermenêutica e Religião em Vattimo
Para o filósofo italiano Gianni Vattimo, falecido recentemente, o deus relativista, a que o título desse curso se refere, é uma alusão ao caráter fraco, ou seja, destituído de pretensões objetivantes, que ele compreende como possibilidade para a religião na pós-modernidade, época que se caracteriza, sobretudo, pelo enfraquecimento das estruturas que sustentam o pensamento ocidental.
Relativismo, nesse sentido, não significa ausência da ideia de verdade, mas pluralidade e abertura para o diferente.
Um deus relativista é aquele que não cala os diferentes discursos contrapondo-os a uma noção metafísica de verdade, mas que, conforme o símbolo cristão da kénosis, o rebaixamento divino, se dá conforme o momento histórico.
Nesse curso do Instituto Máthema pretendemos explorar a relação que Vattimo estabelece entre hermenêutica e religião, começando por compreender sua ideia de hermenêutica, que, partindo da ontologia heideggeriana e da ideia de morte de Deus em Nietzsche, se compreende como uma ontologia niilista da atualidade; além disso, buscaremos compreender a necessidade dessa hermenêutica por uma motivação ética de superação da metafisica, enquanto pensamento violento; discutiremos a ideia de retorno da religião na cultura comum e no pensamento filosófico como diferentes reações ao enfraquecimento da ideia de verdade; e, por fim, trataremos da ideia de secularização como um processo interno do Ocidente e do cristianismo.
Relativismo, nesse sentido, não significa ausência da ideia de verdade, mas pluralidade e abertura para o diferente.
Um deus relativista é aquele que não cala os diferentes discursos contrapondo-os a uma noção metafísica de verdade, mas que, conforme o símbolo cristão da kénosis, o rebaixamento divino, se dá conforme o momento histórico.
Nesse curso do Instituto Máthema pretendemos explorar a relação que Vattimo estabelece entre hermenêutica e religião, começando por compreender sua ideia de hermenêutica, que, partindo da ontologia heideggeriana e da ideia de morte de Deus em Nietzsche, se compreende como uma ontologia niilista da atualidade; além disso, buscaremos compreender a necessidade dessa hermenêutica por uma motivação ética de superação da metafisica, enquanto pensamento violento; discutiremos a ideia de retorno da religião na cultura comum e no pensamento filosófico como diferentes reações ao enfraquecimento da ideia de verdade; e, por fim, trataremos da ideia de secularização como um processo interno do Ocidente e do cristianismo.
Dostoiévski Passado e Presente
Dostoiévski nasceu na Rússia, em 1821 e faleceu em 1891. Seu legado não ficou restrito à literatura e ao seu país de origem.
Ele ultrapassou as fronteiras e se tornou um clássico universal. Ao mesmo tempo, sua obra é apreciada e estudada em diversos campos do saber: na crítica literária e nos estudos de tradução, na filosofia, na teologia, nas ciências da religião, na psicologia, e até mesmo nos estudos de ciências médicas, como a psiquiatria, por conta de seus personagens epilépticos. Dostoiévski foi lido e apreciado por Nietzche, Machado de Assis e Nelson Rodrigues, só para citar alguns! Dostoiévski, com muita maestria e genialidade lidou com as ambiguidades e singularidades da natureza humana.
Temas como: o bem, o mal, a liberdade, a teodiceia, o sofrimento, a fé, o sentido ou falta de sentido, o niilismo, o ateísmo e o suicídio perpassam a obra de Dostoiévski por meio de personagens marcantes.
Propomos neste curso uma leitura do autor russo com enfoque nas ditas “malditas questões”, que nos levam a uma reflexão atual sobre o divino/sagrado e o humano.
O curso está aberto para todos aqueles/as que queiram se aprofundar (e se aventurar) nos escritos e no legado deixado por Dostoiévski.
Ele ultrapassou as fronteiras e se tornou um clássico universal. Ao mesmo tempo, sua obra é apreciada e estudada em diversos campos do saber: na crítica literária e nos estudos de tradução, na filosofia, na teologia, nas ciências da religião, na psicologia, e até mesmo nos estudos de ciências médicas, como a psiquiatria, por conta de seus personagens epilépticos. Dostoiévski foi lido e apreciado por Nietzche, Machado de Assis e Nelson Rodrigues, só para citar alguns! Dostoiévski, com muita maestria e genialidade lidou com as ambiguidades e singularidades da natureza humana.
Temas como: o bem, o mal, a liberdade, a teodiceia, o sofrimento, a fé, o sentido ou falta de sentido, o niilismo, o ateísmo e o suicídio perpassam a obra de Dostoiévski por meio de personagens marcantes.
Propomos neste curso uma leitura do autor russo com enfoque nas ditas “malditas questões”, que nos levam a uma reflexão atual sobre o divino/sagrado e o humano.
O curso está aberto para todos aqueles/as que queiram se aprofundar (e se aventurar) nos escritos e no legado deixado por Dostoiévski.